Quando as grandes questões da existência me atormentam, e as dúvidas persistem, é lá que procuro refúgio. Por vezes, a encruzilhada da vida também se complica, e sem sinais de esperança, um a um vão-se apagando todos os meus sonhos. Entre os silêncios e a palavra, é lá que procuro resposta às minhas necessidades, e me permito encontrar o equilíbrio. É que a partir dele, tudo parece ganhar outra dimensão, como se de uma descoberta guiada se tratasse. A clareza da sua linguagem, a forma de se exprimir, a grandeza do seu espírito, tornou-se referência obrigatória, domingo após domingo. Ali a doutrina não se esvazia, e firme e absoluto, com sentido de missão, ele promove o diálogo com perícia, combatendo a consciência ligeira, e o adormecimento da actual sociedade. Com uma enorme capacidade de chegar aos outros, ele mobiliza, e acrescenta, sem nunca deixar de investir na interactividade com a comunidade. Todo o seu discurso é estruturado, pertinente, e vibrante de convicção. As palavras são acesas, e é de viva voz que nos cativa, por vezes elevando o tom. Orador magistral, e atento ao mundo que mudou, o seu papel é preponderante, quer nos gestos, quer na forma de comunicar, ou noutros ângulos de abordagem. O território é vasto, e os caminhos intermináveis. Em busca do sagrado, nesta viagem ao meu interior, a dinâmica da escuta leva-me às profundezas da alma, e acalenta-me de novo as expectativas. Para lá da justeza dos vocábulos, o padre César simplesmente desperta-nos para a vida, embalando-me os sentidos.