Através dos vidros límpidos, atrás
dos quais se escondia, a cada dia retomava o registo da vida de personagens a
quem dava vida. Os movimentos e as expressões dos corpos, e os passos
apressados, tal como os mais miudinhos, transformavam-se numa experiência de
partilha num contínuo recomeçar. Em cada um deles procurava uma história que, ainda
que a preto e branco, deixasse advinhar, com exactidão, os mais variados
retratos, dentro da maior diversidade, no pressuposto de que pudessem existir.