Friday, January 16, 2009

Escapando às convenções

Por mero acaso, a alusão aos cruzamentos de credos fez recuar-me no tempo. Há pouco mais de 30 anos, também fui aconselhada a não casar com um cidadão americano, que estaria condenado à partida, tomando como exemplo as uniões falhadas das estrelas de Hollywood!? Certamente haverá pólos de conflitualidade difíceis de ajustar, sobretudo nos casos em que a mulher perde o seu carácter igualitário, nos dias que correm. Frequentemente as implicações religiosas surgem-nos como um dispositivo moral, com o intuito de nos reger as vidas. Contudo, o poder de sedução, que não escolhe idades, nem culturas, em geral sobrepõe-se, e duvido que alguém ponha de lado uma visão idílica, por causa da fé do outro, ainda que um pouco de incerteza não deixe nunca de nos acompanhar. Claro que o assunto promove a reflexão, e gera opiniões mais ou menos consensuais, mas, acima de tudo deverá ser um indício de liberdade, que tem a ver com a nossa própria intimidade, e com a tolerância e a compreensão do outro.