Oiço-lhes as risadas e os gritos agudos, algures, na distância. No silêncio da noite, as suas vozes ressoam incontroláveis. Monstros e diabos passam-me pela frente, uns a seguir aos outros, como se fugissem deles próprios e de mim. A lua encontra-se negra pelo poder da escuridão. E, os espíritos andam à solta, assombrando-nos o território. Directamente da linha do horizonte, atravessam-me as paredes nas suas vassouras voadoras, debaixo de um tecto coberto de teias de aranha, com caveiras incrustadas, e espelhos reduzidos a estilhaços. Amaldiçoadas bruxas que, me causam repulsa, e me deixam o sangue gelar de pavor. Lívida, e de cabelo tão desgrenhado quanto elas, sigo-lhes o rasto através do seu canto fantasmagórico, para um banquete de manjares recheado das melhores iguarias ditadas pelo imaginário.