Concluiria que
não existiu qualquer esclarecimento, quando alguém lhe interrompeu o pensamento,
e mencionou que, nesta campanha, em lugar de se discutir as obras públicas se teria
dado prioridade ao que as pessoas precisam, dando um maior ênfase à parte
humana. Pudesse ela quebrar este ciclo negativo dominado por quem não apresenta
nem resultados nem soluções, e recheado de promessas vãs, e tudo seria muito
diferente. E, se houve uma altura em que os políticos fugiam dos cidadãos,
agora eram os próprios cidadãos a fugir dos políticos. Não seria invulgar
verificar que, os portugueses estão, certamente, mais atentos, e já lhe dizia a
avó que, quando a dignidade do trabalhador estava em causa, uma pessoa melhor
informada deixar-se-ia enganar muito menos. Irreconciliada com o mundo e, sobretudo,
com o país, perante esta disfunção com a realidade, tinha decidido que, no
próximo domingo, votaria em branco.