Entre a realidade que gostaríamos que existisse, e o cenário
actual: mal-me-quer. Os ventos varrem a poeira por entre as ervas secas:
mal-me-quer. Um malmequer, qualquer, tremia e murmurava, quando lhe estendo a
mão: bem-me-quer. O futuro passa pela solidariedade.
Na ausência de horizontes: mal-me-quer.
O programa era medíocre, destruiu postos de trabalho e esgotou-se: mal-me-quer,
mal-me-quer. Regredimos, em ambiente de contestação.
A Europa está fragmentada, a
nossa soberania tutelada: mal-me-quer, mal-me-quer, mal-me-quer. Haverá outra
forma de pensar o país? Bem-me-quer, bem-me-quer, porque nada sobra dos
discursos face às expectativas. Nem acção, nem a real percepção dos problemas,
nem sincronia entre os que governam e os que são governados. Mal-me-quer.