Afinal, a
recuperação da confiança foi positiva, mas não bastou. O agravamento da
recessão, a desaceleração do consumo privado, e a queda das receitas fiscais
conduziram-nos à derrapagem do défice, e, a Grécia é um bom indicador do que a
longo prazo nos poderá acontecer. Há acordos absolutamente irrealizáveis, e não
há economia que resista a tão altos juros. E, pior que isso é não haver solução
à vista quando os interesses no espaço euro são tão contraditórios. Sem
ferramentas para melhor gerir os nossos escassos recursos, a chave passa pela
renegociação de prazos, alargando-os em melhores condições, ou aumentando a
austeridade, e, com as poupanças de uma vida a esgotarem-se, quem terá ainda
capacidade de resistir?