A
propósito do episódio da bandeira portuguesa, hasteada ao contrário, por lapso
protocolar, diante dos nossos olhos nas comemorações da república, ultrapassado
o incidente, podemos conceber a imagem que oscila
entre o real e o irreal através de um exercício ficcional. E, ao abandonarmos a realidade na esperança de dar
sentido ao vazio, vale a pena rodar a cabeça, e arriscarmos olhar as coisas de
uma maneira diferente do que gostaríamos de imaginar. De um modo
particularmente revelador podemos sempre criar a ilusão de reflectirmos sobre a
construção de alternativas ou deixarmos tudo como está sem pensarmos em coisa alguma.