Thursday, October 2, 2008

Atlantis

A ilha submersa

Ninguém tem a certeza de que existiu, mas há 2.400 anos Platão mencionou-a pela 1ª vez, e ainda hoje continua a encantar a humanidade. Segundo a sua descrição uma civilização teria habitado um continente a oeste do Mediterrâneo, no meio do oceano para além do estreito de Gibraltar. De acordo com a lenda, nos primeiros tempos, os deuses terão feito entre si a partilha do mundo passando a Atlântida a pertencer a Poseidon que ali terá vivido na companhia da jovem Clito. Platão descreveu-a como anéis alternados de terra e mar, com um palácio ao centro, cercado por muros cobertos de ouro que brilhavam à luz do sol. A região terá sido dividida em partes, cabendo cada uma delas a cada um dos dez filhos do casal, obedecendo todos ao primogénito Atlas. Este tornou-se a personificação das montanhas ou pilares que sustentavam o céu, significando Atlântida (do grego Atlantis) a terra de Atlas, e Atlântico o seu oceano. Explorando os seus recursos desenvolveu-se de tal forma que o grau de riqueza alcançado por esta cultura avançada não encontra paralelo em mais lado nenhum. Porém, crê-se que os atlantes tenham sido vítimas das suas ambições de conquistar o mundo ao serem dizimados pelos atenienses, que os afastam através de um poderoso exército. Ter-se-ão ainda entregue aos seus próprios vícios e perversões, o que terá suscitado a cólera de Zeus que terá causado a sua destruição há 12.000 anos, por meio de grandes maremotos e tremores de terra. No auge da sua era dourada Atlântida acaba engolida pelo oceano, desaparecendo para sempre nas profundezas dum mar povoado por sereias. Algumas pessoas acreditam até que os Açores poderão ser os cumes das montanhas do submerso continente da Atlântida. O que é certo é que a tradição oral foi sobrevivendo ao passar dos séculos. Até durante a Renascença, que procurou nos mitos realidades, foram várias as tentativas de explicação racional desta história. A Atlântida inspirou centenas de pintores, escritores e poetas, seduzidos pelo romantismo e vigor da narrativa, não sendo difícil que a terra submersa se transformasse em musa para artistas do mundo inteiro. Ainda nos dias de hoje desperta a imaginação dos homens, que debatem as mais diversas interpretações possíveis sobre o desaparecimento da misteriosa ilha.