Monday, February 16, 2009

Mundos perdidos

Revolutionary Road traz de novo ao ecrã o romântico par de Titanic, retratando um jovem casal dos anos 50 numa viagem que nunca chegarão a realizar. Arriscar uma vida diferente quando se está à beira do fracasso pode ser uma alternativa. Outra é acomodar-nos à situação, continuando resignadamente enclausurados num pequeno mundo claustrofóbico. Sonhar pode ser o escape perante o desgastante dia-a-dia de conflitos conjugais. Gostei tanto que mandei logo vir da Amazon.com o livro de Richard Yates no seu original, em cujo denso conteúdo Sam Mendes se terá inspirado para rodar o filme. Chegou-me hoje no correio, e espera-me agora toda a reconstituição duma época que não perdeu a actualidade. Afinal a derradeira felicidade pode não estar na prosperidade financeira de uma casa confortável, ou no último modelo de um carro qualquer. Existem outros caminhos, livres de mágoas, reescrevendo itinerários que nos concretizem as vontades.