Nunca mais tiveram paz. Entre o
quotidiano lúgubre e o que viveram, esta era, agora, a vida deles.
Definitivamente, a realidade não era mais a de outrora. Os sacrifícios tinham
sido demasiados e mal dirigidos, as decisões cegas, os desnivelamentos sociais mais
que evidentes e o rumo ter-se-ia complicado. Estes eram eles, e nenhum era mais
inocente do que o outro. Fingir que não falharam? Só se estivessem a brincar
com eles! Sem se ver o fim, e cansados de esperar por quem os fosse salvar, mais
do que nunca, era necessário contrariar o que estava a acontecer, desviar o olhar
e voltar a sentir os dias de outra maneira. Entre todos havia uma unanimidade de
um desejo maior. O de descobrir novas medidas e outras soluções.