Nada a fazia retirar-se do seu centro. A máscara
apropriara-se da sua pessoa, corroendo-a e pervertendo-a até às últimas
consequências numa demonstração de versatilidade. A qualquer momento, todo o
tipo de manobras e interferências indevidas são por ela desencadeadas ao mais
ínfimo pormenor, o que nos levava a pensar que ela cultivava uma espécie de
prazer com toda aquela trama. Numa verdadeira descida aos abismos, tece as suas
técnicas em várias direcções, num quase perfeito equilibrismo, como se de um
jogo se tratasse. E, para que conste, não se fixa, apenas, num ideal. De um
modo geral, vai-se desdobrando, fazendo uso de todos, e deitando a mão a tudo sob
as mais variadas formas e versões, num combate táctil, que a parece fascinar. Porém,
será que o vazio humanamente insuportável, mais do que qualquer coisa, a iria
fazer confrontar-se com a consciência do disfarce que envergava?