Sunday, July 31, 2011

Nas páginas

São palavras que nos seduzem no imenso areal, com o mar azul como fundo, por entre a multidão de banhistas, à luz do sol quente do Verão. Alguns, não dispensam o que lêem, em sintonia com o horizonte exterior a uma narrativa que, não acaba ali.

Friday, July 29, 2011

Jantar de amigos





Visivelmente feliz, Teresinha Barros, voltou a reunir um grupo restrito de amigos na celebração de mais um aniversário, no Restaurante Mandarim. Uma noite divertida, em ambiente de boa disposição e alegria, num espaço fantástico com boa comida oriental e muita música. Parabéns, Teresinha.

Saturday, July 23, 2011

Cantar para a lua


Quero cantar para a lua
Deixem-me cantar na rua
Pois foi da rua que eu vim;
Vim da rua, vim das pedras
Nada sei das vossas regras
Regras não são para mim.

Deixem-me chorar ao vento
Deixem andar meu lamento
Pode ser que chegue ao céu;
Deixem-me o meu pensamento
Que embora seja tormento
Que seja, mas seja meu…

AMÁLIA RODRIGUES

Friday, July 15, 2011

O poder da aceitação










Os poderes dão-nos a capacidade interior de ultrapassar obstáculos. Frequentemente, a falta de paz e harmonia, levam-nos a negar a realidade que recusamos ver. Nessas ocasiões, são os nossos aspectos mais negativos que surgem à flor da pele, através das máscaras que colocamos nos diversos papéis que vamos desempenhando ao longo de várias vidas. Trazer à consciência quem realmente somos, focando o olhar para além de tudo o que nos rodeia, somente aceitando aquilo que é, só nos traz tranquilidade. Qualquer registo de resistência afasta-nos da felicidade, dependendo a nossa qualidade de vida apenas do que temos e do consequente sentimento de gratidão. Aceitar a impermanência dos ciclos de vida dando espaço a que tudo se renove, devolve-nos a referência do ser, do qual a paz é a sua essência mais profunda. Ao promovê-la, irradio-a, preenchendo cada ser do universo, e despertando-lhe a verdadeira natureza eterna.

Thursday, July 14, 2011

Em viagem








A pouco e pouco
o sol torna-se abrasador
quando na espessura dos dias
revisito o que não passa duma miragem.
A persistência do olhar
imobiliza-me o tempo
naquele trilho certo
onde as flores de tom rosa
se começam a esbater
e tanto revelam
quanto ocultam
arrancando-me uma a uma
todas as certezas
do que estará para além delas.

Sunday, July 10, 2011

Exemplos


Desde pequena, via o Tarzan andar quase todo nu pela selva...
A Cinderela chegava à casa depois da meia noite...
O Pinóquio mentia...
O Aladino era ladrão...
O Batman dirigia a mais de 320 km/h ...
A Bela Adormecida era uma preguiçosa...
A Branca de Neve morava com 7 homens e foi beijada por um estranho para acordar...
O Zé Colmeia e o Catatau eram cleptomaníacos e roubavam cestas de piquenique,
A Olívia Palito tinha bulimia e o Popey fumava erva!!!
Agora pedem pra eu me comportar ???
Tarde demais...!!!



autor desconhecido

Wednesday, July 6, 2011

A serra


Um estrangeiro muito rico e um português muito pobre tinham cada um o seu filho.
O estrangeiro muito rico levou o filho ao ponto mais alto da Serra da Estrela e mostrou-lhe com um gesto a portentosa paisagem em redor e disse-lhe:
- Olha, um dia todo este país será teu. Eu vou compra-lo amanhã ao preço de lixo.
O português muito pobre, levou o filho ao cimo da mesma serra, mostrou-lhe a paisagem em redor e disse-lhe, simplesmente:
- Olha. – Enquanto podes!

(inspirado numa uma fábula do Oriente)

Publicada por http://livrariapodoslivros.blogspot.com/

Saturday, July 2, 2011

Horas mortas


No limiar da consciência
um deus espreita. É impalpável
e frio e não é omnipotente
ou omnipresente. Espreita
e facilmente se vence
ou ilude. Não promete
a vida eterna mas lembra
a silenciosa certeza
da morte eterna.
É lúcido e não metafísico,
não existia antes de nós,
mas em nós germina,
em nós vive e connosco
perecerá.
É um deus com que retomamos
diariamente o diálogo interrompido
de Ulisses. Um deus que
surge a horas mortas na
memória do que somos
e não é um deus, mas
o julgamento dos actos que, somados,
somos. É um outro
ser que somos e sendo outro
nos olha com outros olhos
que nossos são. Nos olha
e fita, nos olha e fita
e faz significar olhando.
No limiar da consciência
é um deus que espreita.
E eu, irreligioso,
me confesso ao deus
que em mim assoma.


Rui Knopfli -- [Luz & sombra]