A dança parecia ser a sua única linguagem.
Entre um passo e outro, oscilava, leve e ágil, embora carregada de detalhes. O
improviso, pontuado pelo movimento dos membros, a visível articulação dos
braços, e a naturalidade dos gestos, revelavam o seu ímpeto mais criativo.
Entre o delírio e a fantasia, sem sequer pestanejar, poética e, em simultâneo,
tão intensa quanto impetuosa, demonstrava-nos, num tempo de passagem, o seu
lado mais genial.