Entre o sonho e a lucidez, para me evadir do quotidiano, pus-me em marcha. Sem pressa, tento reinventar-me seguindo sinais, em resposta a um impulso feito de silêncios e dúvidas. Apenas a natureza me fala na sua forma mais simples, permitindo-me desligar de outras paragens. Cada passo em frente projecta-me para lá do visível definindo-me o percurso. Os sons a diferentes vozes, oriundos da terra e do mar despertam-me reflexões estabelecendo com o que me rodeia uma afinidade íntima. Em andamento de dança sobrevoo a paisagem, que me serve de inspiração para o tempo que ainda não chegou.