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Umas são moças e belas,
Outras velhas de pasmar...
Umas vivem nos rochedos
Outras pelos arvoredos,
Outras, à beira do mar...
Umas têm mando nos ares;
Outras, na terra, nos mares;
E todas trazem na mão
Aquela vara formosa,
A vara maravilhosa,
A varinha de condão.
Quantas vezes, já deitado,
Mas sem sono, inda acordado,
Me ponho a considerar.
Que condão eu pediria,
Se uma fada, um belo dia,
Me quisesse a mim fadar...
Antero de Quental