Então, enchendo-se de curiosidade, correu atrás do
coelho campo afora, chegando justamente a tempo de o ver desaparecer numa
grande toca sob a cerca. No instante seguinte, Alice entrou na toca atrás dele,
sem sequer pensar em como é que iria sair dali depois.
A toca do coelho, de início,
alongava-se como um túnel, mas de repente abria-se como um poço, tão de repente
que Alice nem teve um segundo sequer para pensar em parar, antes de cair no que
parecia ser um buraco muito fundo. Ou o poço era profundo demais, ou ela caía
muito devagar, pois teve tempo de sobra durante a queda para olhar em volta e perguntar-se
o que iria acontecer a seguir.
Lewis Carroll in Alice no País das Maravilhas