Num diálogo com o tempo, deixava-se,
frequentemente, levar pela memória, sem tirar nem pôr. Na sua relação com o
mundo, em que pouca atenção lhe era prestada, em última instância o Boby era
quem, dia após dia, durante a sua infância, participava nas suas brincadeiras
recriando momentos de afecto. As coisas eram partilhadas e, a cada obstáculo era
encontrada a solução feliz. Tudo assim acontecia, enlaçada à sua própria
interioridade, que jamais se esgotou, fruto do mais puro instinto de
sobrevivência.