Encoberta pela noite, é da janela aberta que a observo suspensa num céu tendencialmente infinito. A sua rotação é lenta, desenhando-me sombras que me atravessam o quarto, reforçando-lhe a sensualidade. Misteriosa, guarda mil e um segredos ocultando-nos uma face. Porém, apesar da luz prateada que irradia não ser sua, não é a primeira vez que me desperta, dum sono exaltado pela cadência das marés.