Que saia a última estrela
da avareza da noite
e a esperança venha
arder
venha arder em nosso
peito
E saiam também os
rios
da paciência da terra
É no mar que a
aventura
tem as margens que
merece
que apodreceram no
céu
dos que não quiseram
ver
mas que saiam de joelhos
E das mãos que saiam
gestos
de pura transformação
Entre o real e o
sonho
seremos nós a
vertigem
Alexandre O'Neill, in Poesias Completas