Donde vimos? E para onde vamos? Será que a morte é o desfecho final? Mantendo o espírito aberto participei este fim-de-semana num work shop, onde numa visão holística se tentou dar uma ideia da recolha de memórias, desta, ou de outras vidas anteriores, reconhecendo datas e locais, que nos permitem aceder directamente a todo um reservatório de informação armazenado no inconsciente. Assim, somos levados até onde necessário afim de alcançarmos a cura de um modo rápido e eficiente. A terapia de vidas passadas não faz mais senão recuar no tempo de uma forma consciente, eliminando obstáculos mentais, e ajudando-nos a libertar toda uma sobrecarga ancestral, que doravante nos tornará imunes a agressões exteriores.Ao recordar episódios obtemos uma nova perspectiva, dando à vida um outro significado que nos proporcionará bem-estar e paz interior. E, uma vez despertos para algo mais transcendente, e dotados de outra visão intemporal, livres do peso do passado, e de futuras preocupações, passamos unicamente a saborear o momento focados apenas no aqui e no agora.
Sou eu, assimétrico, artesão, anterior - na infância, no inferno. Desarrumado num retrato em ouro todo aberto. A luz apoia-se nos planos de ar e água sobrepostos, e entre eles desenvolvem-se as matérias. Trabalho um nome, o meu nome, a dor do sangue, defronte da massa inóspita ou da massa mansa de outros nomes. Vinhos enxameados, copos, facas, frutos opacos, leves nomes, escrevem-nos os dedos ferozes no papel pouco, próximo. Tudo se purifica: o mundo e o seu vocabulário. No retrato e no rosto, nas idades em que, gramatical, carnalmente, me reparto. Desequilibro-me para o lado onde trabalha a morte. O lado em como isto se cala.