Com o olhar no horizonte, e em defesa de ideais, continuamos a celebrar Abril e a liberdade. Recordar a madrugada, o fim da guerra que tudo contaminava, o direito de pensar diferente, e as canções proibidas, abriu-nos espaços quebrando barreiras. Mas mais do que isso estiveram as nossas aspirações mais nobres, o firme acreditar num país novo, e em algo socialmente mais equilibrado, e mais plural, que nos trouxesse esperança ao futuro. Decorridos 35 anos de democracia, e na sequência de tantas imagens simbólicas que nos avivam a memória, nos meandros do caminho percorrido continuamos a desejar metas, anulando fronteiras e cumprindo objectivos, sob o eco daquele toque de alvorada.
Foi esta força viril
As Portas que Abril Abriu de José Carlos de Ary dos Santos
Foi esta força viril
de antes quebrar que torcer
que em vinte e cinco de Abril
fez Portugal renascer.
As Portas que Abril Abriu de José Carlos de Ary dos Santos