A reflexão inicia-se
com um pequeno nada. A melodia que trauteamos (sem saber por quê), a subtileza
dum toque, um vago aroma, ou, simplesmente, da necessidade de lembrar. Por
vezes, há determinados episódios que requerem uma pesquisa da mente mais
elaborada, tal como quando tentamos encontrar um objecto perdido e não o
conseguimos localizar. De vez em quando, surgem uns lampejos, no encadeamento
das lembranças que ainda sobrevivem quando a evocação é feliz. No espaço vazio,
há coisas que escapam, ou nada acrescentam. Na contagem do tempo que já lá vai, é
impossível ir mais longe, quando o amor é volátil e parece evaporar.