Tuesday, October 5, 2010
Cem anos depois
Thursday, September 30, 2010
Revisitada
Thursday, September 16, 2010
O rebanho
Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto.
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.
Alberto Caeiro,
in O Guardador de Rebanhos
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto.
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.
Alberto Caeiro,
in O Guardador de Rebanhos
Tuesday, September 14, 2010
Exercitando
Thursday, September 9, 2010
Por onde navego

No vértice onde se embalavam peixes
nasceram asas,
num anseio de pombas
mortas implumes...
Eis que o líquido e o denso se casaram
formando um monstro: rochedo e cavalo,
serpente e águia,
grilheta e asa!
E num barco de papel navego eu!
Madalena Férin (1929-2010) in Poemas - 1957
Tuesday, September 7, 2010
As cores da noite
Giram-me diante da vista, solitárias e errantes. Por detrás da câmara, registo-as entre o fundo e as formas num horizonte de representação. Organizam-se sem lógica, como fragmentos que se relacionam e reúnem, oferecendo-me múltiplas leituras de um jogo interpretativo que, ilustra o tombar da noite. São elas que me atraem com novas formas, cujos contornos indefiníveis me fazem perder o sentido, que em vão procuro invocar.
Thursday, September 2, 2010
Tuesday, August 31, 2010
Espairecendo
Há um tempo, em cada dia, reservado à caminhada quando desfrutamos o pôr-do-sol, e a luz do final da tarde a rasar a terra. É na imensidão da paisagem que a vista abarca a beleza campestre, e toda uma sinfonia de cores ocres e douradas. Inseparável, o Rico segue-nos farejando odores, recolhendo sons, e sinalizando o território entusiasmado com a sensação de descoberta! Uma simples trajectória, entre arbustos e árvores dispersas, sacia-lhe a curiosidade, desvenda-lhe a vida, e proporciona-lhe o encontro com outros cães, e uma série de brincadeiras e distracções que, nos fortalecem os laços, e cuja actividade física resulta num verdadeiro bem-estar para toda a família.
Friday, August 27, 2010
Banhada pelo rio
A importância do rio Arade tornou-a ponto de partida para o mediterrâneo, numa época de esplendor fabulosamente grande. No alto da colina, situa-se o castelo que em tempos a defendeu, contemplando a ponte com cinco arcos que, ninguém sabe se data da antiguidade romana, ou se é medieval. Silves – das mais remotas raízes, reconhece no seu passado islâmico a mais valia de uma civilização atraída pela posição estratégica de então, perfumada pelas flores de laranjeira, e pela memória poética que canta o amor e a luxúria.
“O teu aroma tomou-me conta do olfacto
E o teu rosto lindo preencheu meus olhos:
És minha mesmo depois de me deixares
E só por isso me chamam poderoso.”
Al-Mutamid (poesia luso-árabe do século XI)
E o teu rosto lindo preencheu meus olhos:
És minha mesmo depois de me deixares
E só por isso me chamam poderoso.”
Al-Mutamid (poesia luso-árabe do século XI)
Monday, August 23, 2010
Imperfeições

«Vou contar uma história. Havia uma rapariga que era maior de um lado que do outro. Cortaram-lhe um pedaço do lado maior: foi de mais. Ficou maior do lado que era dantes mais pequeno. Cortaram. Ficou de novo maior do lado que era primitivamente maior. Tornaram a cortar. Foram cortando e cortando. O objectivo era este: criar um ser normal. Não conseguiam. A rapariga acabou por desaparecer de tão cortada nos dois lados.»
Herberto Helder
Photomaton & Vox
Assírio & Alvim, 1995
Herberto Helder
Photomaton & Vox
Assírio & Alvim, 1995
Saturday, August 21, 2010
Noite Brilhante
Em noite quente de Verão, Albufeira tornou-se palco de um grande concerto de música clássica com o apoio da Câmara Municipal. Em plena Praça dos Pescadores, com o mar a servir de inspiração, a escolha das músicas incluiu um conjunto de obras seleccionadas que contou com a exibição da Orquestra do Algarve e o envolvimento da soprano Eduarda Melo, que de uma forma ambígua demonstrou que apesar da aparente fragilidade, a sua voz possui toda a pujança do poder feminino, atraindo milhares de turistas e residentes. À dimensão visual do espectáculo contribuíram ainda os holofotes, os surpreendentes efeitos especiais de luzes, as projecções nos ecrãs, e o fogo de artifício numa produção absolutamente notável. Embarcando numa viagem de sonho, entre melodias e abstracções, difícil foi destrinçar o mundo da ilusão da realidade. Sem dúvida que o momento pertenceu aos sons ardentes, que nos ensinou a todos a ver e a ouvir melhor, numa iniciativa de excelência que já vai na sua 4ª edição.
Thursday, August 19, 2010
Praia
Wednesday, August 18, 2010
Momentos deliciosos

Fáceis de confeccionar, servem-se em copos, cones de baunilha, taças, ou em pauzinhos. Os ingredientes são naturais, e os sabores impossíveis de resistir, quer sejam crocantes, com pedaços de polpa, adicionados de natas ou chantilly, mesclados de baunilha, ou polvilhados de frutos secos, ou de aparas de chocolate guarnecidas com folhinhas de hortelã. Gelados, cremosos e coloridos, ajudam-nos a refrescar no Verão, até que se dissolvam.
Monday, August 16, 2010
Subscribe to:
Posts (Atom)