Saturday, December 13, 2008

A abelha-mestra

Dona do seu próprio estilo, e de um enorme fôlego, ela salta obstáculos, e desenvolve como ninguém uma dinâmica de grupo. O seu espaço alterna entre o tertúliano, e o registo teatral. Em qualquer deles a Zizi congrega energias, e retira e dá prazer, pela sua ousadia e determinação, arriscando até final. Na longa travessia do deserto, onde a ausência de estímulos salta à vista, ela é voz discordante, e colocando as causas acima das tricas, acrescenta, belisca, e sobressaíndo-se exibe todo o seu criativo talento. Esta tarde, num encontro de vontades, em que ela me convidou a estar presente, e eu com o maior prazer acedi ao seu pedido, assisti aos dois teatros, o do «sol e da lua» e suas estrelinhas, e ao da «dança da vida», sem lugar para inocentes, cujos actores entram e saem das personagens criando jogos, em animado folhetim de traições, dum mundo que se reparte entre o imaginário e o real.

Ding dão ding dão dão
Ding dão ding dão dão
Estamos a festejar
ding dão ding dão dão…

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