Porque as assimetrias existem, a quadra festiva que terminou terá sido de excessos para alguns, e de carências para outros. Porém, retomando a rotina do dia-a-dia, um episódio ocorrido ontem ter-me-á remetido para um outro, quando nos tempos da minha juventude visitei os Estados Unidos pela primeira vez. Mal cheguei ao aeroporto de JFK, em Nova York, e apesar de levar um visto de turista, retiveram-me o passaporte, que supostamente me seria entregue na delegação de imigração do meu destino, após interrogatório mais prolongado!? Lembro-me como se fosse hoje do impacto negativo que o acontecimento me causou, e de como na altura me arrependi de alguma vez ali ter ido parar, durante o voo que me levou a Dallas. No entanto, uma vez no Texas alguém do meu círculo de amizades ter-me-á dito qualquer coisa que na altura me pareceu tão estranho que nunca mais esqueci, e que se resumia à seguinte frase: - «Na América não importa quem tu és, mas quem tu conheces»! Escusado será dizer que dias depois, sem ter sequer que me deslocar a lado nenhum, tinha o passaporte de novo nas mãos. Ontem à tarde, ao aplicar a regra no ímpeto de um momento, ainda que em circunstâncias da menor relevância, constatei que passados mais de 30 anos, a mesma continua a funcionar também deste lado do Atlântico, da mesma forma, e nos dias que correm. Obrigada Adelina!
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