Tuesday, November 10, 2009

Luz do entardecer

Espreitando o Tejo, voltei a reencontrá-la. Sem reservas desfolhámos segredos, e uma vez mais, uma a uma fomos ressuscitando as memórias da prosa dos dias. Foi na zona ribeirinha, ao sabor de um chá de jasmim, de doce perfume, e gosto definido que a ouvi falar no seu papel feminino de mãe, e jovem avó. As inconstâncias, os fracassos amorosos, e a felicidade que parecia comprometida, e nos marcou um tempo, numa reviravolta recuperam o equilíbrio, quando passamos a seguir os nossos próprios ideais. Indiferentes ao curso do rio, à beleza da sua trajectória, e a quaisquer motivos adversos, entre um gole de chá e a nossa troca de olhares, concluímos o que nos camufla os medos, e o que ainda nos encanta e tanto nos faz sonhar.

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