Visível para alguns, inalcançável para outros, por vezes inconfessável até, quando dele não sabemos resistir. Porém, o amor definitivamente anda por aí. Em diferentes instantes, na exactidão do olhar, com sabor secreto, e necessária malícia. Entre as desilusões da vida, quando se transforma em sonho e nos mantém cúmplices numa relação assim mais íntima. Capturados pelas suas teias, desperta-nos paixões de dimensão poética. E, com erotismo, ou não, leva-nos ainda a navegar por outros terrenos. De ternura, ciúme, e com frequente violência, confirmando a tragédia pura e dura. O seu apelo é sensorial, percorre-nos as veias, e deixa-nos a flutuar, sabe-se lá por onde. O que mais me fascina é a sua imprevisibilidade, a itinerância, e os desencontros que provoca, deixando-nos a respirar esta espécie de ansiedade.
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