O local escolhido foi o Clube Padernense, e o autor a debater Valter Hugo Mãe. E, à chamada não faltaram a Ana, a Mª João, o Luís, a Mª de Jesus, que esmeradamente organiza estas sessões literárias, além de eu própria e da Cláudia que se lhes juntamos pela primeira vez! Foi numa ampla sala, da moderna sede deste clube, da freguesia de Paderne que, nos reunimos ofuscados pelo brilho de centenas de troféus, conquistados ao longo dos anos, premiando verdadeiros campeões! Quanto ao autor, todos fomos unânimes em considerar que nos seus quatro romances editados nos últimos seis anos, a sua escrita é acessível e agradável de se ler. Pessoalmente, li recentemente «a máquina de fazer espanhóis», onde o pai já falecido, é homenageado e, apesar de alguns momentos mais comoventes, me fascinou pela forma como o próprio autor com apenas 39 anos, não só antecipa a velhice, como a descreve de uma forma tão realista, não esquecendo todas as suas implicações, desde as crenças religiosas, ao amor na terceira idade, ou mesmo ao declínio e à morte, tanto a dos que nos são mais queridos, como também o nosso próprio fim, e o medo do que virá a seguir, quando a dúvida nos assombra como uma nuvem negra. Depois, além da personagem central – o Senhor Silva, teve ainda a originalidade de ir buscar dois polícias ficcionais a Francisco José Viegas, e o delicioso Sr. Esteves à Tabacaria de Fernando Pessoa, que num mundo inventado, uma vez mais voltaram a inspirar, e desta vez este inédito escritor! A sessão terminou doce, com queijo de figo caseiro decorado de amêndoas – um produto de grande tradição regional, acompanhado de licor de café. Um autêntico mimo que, conto voltar a saborear para o mês que vem!
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