Friday, June 25, 2010

A cal e a terra



Os edifícios do mundo, o insustentável desenvolvimento e o labor intenso, levam-me para longe numa circunstância de pausa. A cada passo, olho com prazer e pressinto a natureza quase sem dar por ela. Ao revisitar a largueza do monte e o plantio, ganho novos sentidos, recuperando memórias de infância que me servem de companhia. Na procura de contrastes e equilíbrios, retenho o melhor para lá do visível. E, é no silêncio intacto que me cruzo num imaginário tão-só emotivo como inatingível. Antes do sol se despedir do dia, é preciso desimpedir o caminho e, escutar os sons entre a viscosidade dos pinheiros recortados pelos reflexos de luz. Periclitante, desenho contornos em momentos de transitoriedade, até à serenidade total.

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