Saturday, July 31, 2010

Aniversariante


O Hotel Paraíso foi o espaço ideal para no passado dia 29, se assinalar mais um aniversário da Teresinha Barros, contando com a presença de amigos e familiares. Visivelmente feliz, a anfitriã contribuiu em grande parte para o colorido da festa, onde não faltou um pé de dança, e até alguns momentos mais emotivos ao sabor de um óptimo jantar.

Saturday, July 24, 2010

Em direcção ao mar

Passava eu naquela rua havia muito tempo.
Logo a seguir à colchoaria
vi uma sereia sentada no cabo da ilha.
A cauda de peixe brilhante deslizava em direcção
ao mar e
o corpo levemente inclinado apoiava-se no cotovelo.
Sorria, as pálpebras verdes/azuis, as unhas
escarlates gritavam
Era uma sereia real e luminosa.
.
Maria Alexandra Dáskalos

Tuesday, July 20, 2010

A olhar para trás

Acolhedoras e aconchegantes, abarcam toda uma vida. Tendem a elevar-se de baixo para cima, em lugares próprios, tornando-se no único refúgio nos domínios da memória. No meio das cidades, suburbanas, ou absortas na paisagem em estados de silêncio que não nos conduzem a coisa alguma. Por vezes, deixo-me captar pela simplicidade do seu traçado e, enredada no tempo evoco momentos de maior afeição. Sensível à sua beleza. Intacta. Intensamente real. E, tão carregada de memórias.

Thursday, July 15, 2010

A magia do entardecer

Há as que optam pela sombra, ou as que preferem a radiação solar intensa. É em vasos que as cultivo, ao lado umas das outras, no terraço em frente à relva densa. Descalça, pelo jardim, é no final dos dias quentes e ensolarados, que lhes retiro as folhas secas, e as rego utilizando um regador, não faltando cores, formas, perfumes, e as texturas mais suaves ao tacto, para me amenizarem os dias e garantirem flores o ano inteiro!

Tuesday, July 13, 2010

O Verão

Vê como o verão
subitamente
se faz água no teu peito,
e a noite se faz barco,
e minha mão marinheiro
.

Eugénio de Andrade

Wednesday, July 7, 2010

Céu nocturno

Despeço-me do sol, e à medida que a noite avança, quanto azul e quanto céu! Entre a abstracção e o espaço, o que sobra do dia não passa de restos de uma visão. À escala real, o mundo expande-se no horizonte a um pequeno passo de ruir. O que não vejo, por estar encoberto, sucede à narrativa dos dias, quando o tempo persiste em trazer-me a alvorada duma nova claridade.