No nosso papel de eternos viajantes percorremos muitas vidas. E, nos tempos que correm, perdemos frequentemente a consciência, cada vez mais distantes do eu e das qualidades inatas, encontrando-nos no limiar da zona mais escura. É preciso que através do silêncio interior procuremos pensamentos direccionados para o alto, para um nível de percepção mais elevado de regresso ao lugar de onde viemos – a fonte de energia suprema, fora da órbita terrestre, atravessando outras dimensões de luz, e para além do sol, onde o universo dança de alegria.
Sunday, May 29, 2011
Saturday, May 28, 2011
A história recontada
Sem discurso directo e sem parágrafos, ele autonomiza-se, imiscuindo-se na história de ficção, onde a própria verdade dos factos é questionada, ao mesmo tempo que sustenta toda a responsabilidade. Ele é José Saramago, que através do seu livro «História do Cerco de Lisboa» nos surge numa análise mais elevada pelo olhar da professora Drª. Ana Soares da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais do Algarve, na 2ª sessão do ciclo de leituras, organizada pela Biblioteca Municipal Lídia Jorge. Colocando a sua genialidade ao serviço de uma terceira pessoa, o autor reconta-nos um encadeamento paralelo de situações, onde as personagens representam um pouco de todos nós, adoptando ele próprio a fusão de funções e atitudes, através da figura dum revisor de textos que, posteriormente, passa a escritor, e cujos discursos acabam por se confundir. Um encontro que serviu de reflexão para melhor entendermos o que assumidamente levou Saramago a desconstruir a história através da liberdade criativa que marca a sua identidade literária.
Thursday, May 26, 2011
À espera de ver mais
Tuesday, May 24, 2011
A curva da estrada
Talvez o que mais intensamente buscamos
o larguemos em seguida
num alheamento maior do que é habitual
o amor, o fio de aço, a curva sussurrante
que não conseguimos
Poisamos furtivamente
no rebordo de outros mundos
em comovente descoberta
com milhões de pontos de fino bordado
que se movem e resvalam
indiferentes à crueldade
Suite de José Tolentino Mendonça, in "O viajante sem sono"Assírio & Alvim
o larguemos em seguida
num alheamento maior do que é habitual
o amor, o fio de aço, a curva sussurrante
que não conseguimos
Poisamos furtivamente
no rebordo de outros mundos
em comovente descoberta
com milhões de pontos de fino bordado
que se movem e resvalam
indiferentes à crueldade
Suite de José Tolentino Mendonça, in "O viajante sem sono"Assírio & Alvim
Thursday, May 19, 2011
Wednesday, May 18, 2011
Roteiros
Localizada no Parque da Ria Formosa, a Quinta do Lago oferece paisagens de verdadeira beleza natural, numa atmosfera de grande tranquilidade, perto do mar e com alguns dos melhores campos de golfe da Europa. Na Buganvilia Plaza lojas sofisticadas, bares e restaurantes animam um universo de luxo e elegância.
Sunday, May 15, 2011
Parabéns a você
Foi em ambiente descontraído e de convívio que se protagonizou mais um aniversário de Fátima Ribeiro, que voltou a abrir as portas de sua casa a alguns familiares, e às amigas de sempre. Um encontro de elegância e boa disposição que, teve início num coquetel seguido de um lanche, onde não faltou o bolo com velas numa tarde de emoções.
Friday, May 13, 2011
Saudade
Poesia, saudade da prosa;
escrevia «tu», escrevia «rosa»;
mas nada me pertencia,
nem o mundo lá fora
nem a memória,
o que ignorava ou o que sabia.
E se regressava
pelo mesmo caminho
não encontrava
escrevia «tu», escrevia «rosa»;
mas nada me pertencia,
nem o mundo lá fora
nem a memória,
o que ignorava ou o que sabia.
E se regressava
pelo mesmo caminho
não encontrava
senão palavras
e lugares vazios:
símbolos, metáforas,
e lugares vazios:
símbolos, metáforas,
o rio não era o rio
nem corria e a própria morte
era um problema de estilo.
nem corria e a própria morte
era um problema de estilo.
Onde é que eu já lera
o que sentia, até a
minha alheia melancolia?
Manuel António Pina - Saudade da Prosa
o que sentia, até a
minha alheia melancolia?
Manuel António Pina - Saudade da Prosa
Tuesday, May 10, 2011
Ponto de partida
É à sombra de tarde que, parto para nova viagem. Ao sabor do acaso, mantenho-me atenta aos confins da terra, sob o céu quente e límpido de Maio. Periclitante, sigo o extenso percurso, repleto de cores contrastantes de um encanto único, saindo mais feliz desta experiência onde o sonho fica cada vez mais próximo
Monday, May 9, 2011
Cantar a Primavera
Sunday, May 1, 2011
O milagre da vida
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