É com uma ponta de tristeza que, ano após ano, as vejo partir. Desaparecem, assim como vieram, atravessando os céus e sobrevivendo a ventos e marés. As suas moradas nunca são definitivas. Lado a lado, é com fluidez que enveredam por caminhos que dominam o espaço, sem qualquer horror ao vazio, num trajecto que a memória retém, e eu sou privilegiada em testemunhar. Até para o ano.
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