Estamos ainda longe. Quase nada se pode
encontrar. Talvez
nos tenham prometido qualquer coisa, mas não o sabemos. À volta
ficam algumas casas abandonadas, estes arbustos, um pouco de areia
espalhada para que os nossos passos tenham apenas um destino
que se desconhece. Vinha o silêncio ao nosso encontro e o que existe
principia a ganhar uma fragilidade que se torna maior. Tudo
há-de ser tão leve agora para nós como um reflexo que chega
dessa ausência. Caminharemos um pouco mais. De novo
procuramos uma recordação, a passagem do vento, o seu olhar.
Fernando Guimarães in As raízes diferentes - Relógio d'Água - Lisboa, 2011
nos tenham prometido qualquer coisa, mas não o sabemos. À volta
ficam algumas casas abandonadas, estes arbustos, um pouco de areia
espalhada para que os nossos passos tenham apenas um destino
que se desconhece. Vinha o silêncio ao nosso encontro e o que existe
principia a ganhar uma fragilidade que se torna maior. Tudo
há-de ser tão leve agora para nós como um reflexo que chega
dessa ausência. Caminharemos um pouco mais. De novo
procuramos uma recordação, a passagem do vento, o seu olhar.
Fernando Guimarães in As raízes diferentes - Relógio d'Água - Lisboa, 2011
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