Sem rumo certo, Alice continuou a
andar quando, inesperadamente, encontrou um gato risonho:
- Pode indicar-me o caminho que
devo seguir? perguntou a menina.
- Para onde deseja ir? Perguntou
o gato.
- Não sei!?
- Humm! À direita, mora o
Chapeleiro Louco; à esquerda, mora a Lebre de Março. Tanto faz, menina, os dois
são completamente malucos, disse o gato.
Sem compreender nada, mas
seguindo a sua própria intuição, Alice chegou a casa da Lebre de Março e viu-a
mais ao Chapeleiro Louco a tomar chá ao ar livre. A mesa era enorme, mas eles encontravam-se
a um canto. - Não tem lugar! Não tem lugar! Gritaram ao ver Alice a chegar. –
Há imensos lugares, disse Alice indignada, e sentou-se numa grande poltrona a
uma das cabeceiras da mesa.
- É sempre hora do chá, suspirou
o Chapeleiro, e nós não temos tempo de lavar a loiça entre um chá e outro.
- Então vocês andam à roda da mesa? Perguntou
a Alice.
- Exactamente, disse o Chapeleiro, à medida que
as coisas vão ficando sujas.
- E o que acontece quando chegam outra vez ao início?
Alice aventurou-se a perguntar.
- Eu proponho que mudemos de assunto, interrompeu
a Lebre de Março, bocejando.
Atordoada, sem nada entender,
Alice saiu dali disparada.
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