O infortúnio da
queda que, a remeteu à imobilidade temporária, trouxe-lhe à tona os seus
desejos mais íntimos. Afinal, que espécie de vida poderia ter uma pessoa que, ultimamente, se sentia tão injustamente castigada? Interrogava-se ela, ao mesmo tempo que se projectava naquela
figura esguia que, elevando, suavemente, os braços, criava a ilusão de
movimento, quando cada gesto se tornava real, e a vida e o sonho se confundiam.
Por outro lado, sentia que apenas a irracionalidade a poderia levar a qualquer
tempo e lugar, poupando-a a um inevitável enlouquecimento.
short story dedicada à minha amiga Manuela F.
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