Monday, May 19, 2014

Olho-te

Olho-te pelo reflexo
Do vidro
E o coração da noite
E o meu desejo de ti
São lágrimas por
dentro,
Tão doídas e fundas
Que se não fosse:
o tempo de viver;
e a gente em social
desencontrado;
e se tivesse a força;
e a janela ao meu
lado
fosse alta e
oportuna,
invadia de amor o teu
reflexo
e em estilhaços de
vidro
mergulhava em ti.
Ana Luísa Amaral In Anos 90 e Agora - Quasi Edições

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