Espáduas brancas palpitantes:
asas no exílio dum
corpo.
Os braços calhas
cintilantes
para o comboio da
alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia
ou cobardia.
Por vezes fêmea. Por
vezes monja.
Conforme a noite.
Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro
de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos
seus ardis.
E aos pés um coração
de louça
quebrado em jogos
infantis.
Natália Correia
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