prende-me aos teus braços com fios de água
e cordéis da tarde de prata. esqueci os ferimentos
mais dolorosos, as noites de neblina quando o barco
rompia as águas do mar. agora quero que
me prendas aos teus braços até que sequem as
romãs e venha a chuva a água mais pura tocar
o rosto, rememos juntos pelo rio até à casa
mais branca das suas margens
vi já os melhores espíritos da minha geração
morrerem de orgulho e de fome vi já a tempestade
levar muitos corpos até ao mar
vi gerações inteiras morrer de orgulho
agora prende-me aos teus braços.
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