Friday, December 19, 2014

As aves morrem

E as aves morrem para nós, os luminosos cálices
das núvens florescem, a resina tinge
a estrela, o aroma distancia o barro vermelho da manhã.
E estás em mim como a flor na ideia
e o livro no espaço triste.

[...]


Herberto Helder in O Amor em Visita - Lisboa: Contraponto, 1958

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