Wednesday, August 24, 2016

O colar

"Eu tenho um colar de pérolas
Enfiado para te dar:
As pérolas são os meus beijos,
O fio é o meu penar. "
...
Fernando Pessoa

Tuesday, August 23, 2016

À espreita


Sunday, August 21, 2016

Noite de fado


Thursday, August 18, 2016

Todo o colorido do Verão


Monday, August 15, 2016

Sunday, August 14, 2016

Saturday, August 13, 2016

Friday, August 12, 2016

Guloseima de Verão


Thursday, August 11, 2016

Pausa à beira mar


Saturday, August 6, 2016

Olha o passarinho


Friday, August 5, 2016

As serras paradas

A vida é feita de nadas:
 De grandes serras paradas
 À espera de movimento;
 De searas onduladas
 Pelo vento;

De casas de moradia
 Caídas e com sinais
 De ninhos que outrora havia
 Nos beirais;

De poeira;
 De sombra de uma figueira;
 De ver esta maravilha:
 Meu pai a erguer uma videira
 Como uma mãe que faz a trança à filha.

Miguel Torga


Tuesday, August 2, 2016

Monday, August 1, 2016

Saturday, July 30, 2016

Thursday, July 28, 2016

Surpreendente

Alice deslizou vagarosamente pelo buraco, estranhamente decorado, e quando chegou ao fundo deu com um corredor com várias portas fechadas. Numa ponta do corredor, Alice viu uma pequena mesa onde estava pousada uma chave dourada. Alice pegou na chave e tentou abrir, uma a uma, todas as portas daquele corredor. Quando já estava prestes a desistir, reparou numa pequena porta, a um canto. Ao colocar a chave na fechadura, a porta abriu facilmente e através dela Alice viu um lindo jardim!


Lewis Carroll in Alice no País das Maravilhas

Wednesday, July 27, 2016

Um brinde à vida


Tuesday, July 26, 2016

Sunday, July 24, 2016

Saturday, July 23, 2016

Aniversário

Obras de Bizet, Fauré, Saint-Saens, Strauss II, Sarasate e Brahms.

Friday, July 22, 2016

Perder de vista








Tuesday, July 19, 2016

Junto ao mar


Sunday, July 17, 2016

Peça a peça


Friday, July 15, 2016

Voar


Thursday, July 14, 2016

O urdir do tempo

Ela é a fonte. Eu posso saber que é
a grande fonte
em que todos pensaram. Quando no campo
se procurava o trevo, ou em silêncio
se esperava a noite,
ou se ouvia algures na paz da terra
o urdir do tempo 
cada um pensava na fonte. Era um manar
secreto e pacífico.
Uma coisa milagrosa que acontecia
ocultamente.

Ninguém falava dela, porque
era imensa. Mas todos a sabiam
como a teta. Como o odre.
Algo sorria dentro de nós.

Minhas irmãs faziam-se mulheres
suavemente. Meu pai lia.
Sorria dentro de mim uma aceitação
do trevo, uma descoberta muito casta.
Era a fonte.

Eu amava-a dolorosa e tranquilamente.
A lua formava-se
com uma ponta subtil de ferocidade,
e a maçã tomava um princípio
de esplendor.

Hoje o sexo desenhou-se. O pensamento
perdeu-se e renasceu.
Hoje sei permanentemente que ela
é a fonte.


                Herberto Helder