Eu brindo a 2009!
Wednesday, December 31, 2008
O fim da linha
Eu brindo a 2009!
Tuesday, December 30, 2008
Uma questão transparente
Monday, December 29, 2008
Poesia de inverno
Busca o estio prometido nas palavras
Sophia de Mello Breyner Andresen
Saturday, December 27, 2008
Narrativa heróica
Ela é Nicole Kidman, e ele Hugh Jackman, considerado pela revista «People», o actor mais sexy do mundo! Tanto, que irá ser o anfitrião da cerimónia dos Óscares, já em Fevereiro. Eles protagonizam o par romântico de Austrália - um épico que pela sua dimensão faz lembrar os grandes clássicos de outra era, com quase três horas de duração! O filme decorre no período que antecede a segunda guerra mundial, em lugares perdidos do vasto continente australiano, onde não falta romance, drama e aventura, falando-nos do relacionamento dos colonos ingleses com os aborígenes, e da magia da sua fábula mitológica. Eu já fui ver, e recomendo.
Thursday, December 25, 2008
Testemunho da luz
A todos os seus leitores, o Capricho deseja um feliz Natal.
Wednesday, December 24, 2008
Tuesday, December 23, 2008
Chama acesa
Monday, December 22, 2008
Natividade
Saturday, December 20, 2008
Friday, December 19, 2008
Despertar
Thursday, December 18, 2008
No princípio
a Terra de peito ingente, suporte inabalável de tudo quanto existe,
e Eros, o mais belo entre os deuses imortais,
que amolece os membros e, no peito de todos os homens e deuses,
domina o espírito e a vontade esclarecida.
Do Caos nasceram o Érebo e a negra Noite e da Noite,
por sua vez, o Éter e o Dia.
A Terra gerou primeiro o Céu constelado,
com o seu tamanho, para que a cobrisse por todo
e fosse para sempre a mansão segura dos deuses bem-aventurados.
Gerou ainda as altas Montanhas, morada aprazível
das deusas Ninfas, que habitam os montes cercados de vales.
Teogonia 116-130 de Hesíodo – Tradução de M.H. da Rochas Pereira, in Hélade 52
Wednesday, December 17, 2008
Livros habitados
A deterioração dos livros através do passar de anos, é muitas vezes acelerada por toda a espécie de factores químicos, quando estes se encontram demasiado expostos à humidade, luz, ou poluição, ou por agentes biológicos como o bolor, ou a infestação de insectos, como no caso. Porém, através dum notável processo de conservação e restauro, estes livros são literalmente salvos, sem prejuízo para a informação que contêm, e com a sua qualidade restabelecida. Uma acção que apesar de morosa se traduz em resultados absolutamente fantásticos. Se for a Itália não deixe de o ir ver, se não puder clique em http://www.patologialibro.beniculturali.it/
Sunday, December 14, 2008
Reclamando um outro rumo
Trabalhando, observando, sentindo e compreendendo, com a finalidade de evitar estragos, e consequentes futuras catástrofes, é o maior exemplo que podemos dar quer aos inconscientes, como a todos aqueles demasiado amarrados a determinadas filosofias de vida, que os condicionam. Tanto as crianças índigo, como as cristais são seres maravilhosos, muito mais evoluídos, cuja missão (nem sempre bem sucedida) é exactamente auxiliar-nos a descobrir uma nova verdade neste processo de crescimento. O reiki é outra das vias para nos curarmos a nós próprios, limpando-nos das acumulações que ao longo do passado semeámos. Através dele desenvolvemos as nossas capacidades, recebendo outros esclarecimentos, que nos permitem chegar aos outros em equilíbrio.
O poder divino, e o amor incondicional deste novo mundo, onde a energia irá fluir entre todos, só será alcançado quando o crescimento nos levar a outros níveis de consciência, traduzindo-se na harmonia plena.
Saturday, December 13, 2008
A abelha-mestra
Ding dão ding dão dão
Ding dão ding dão dão
Estamos a festejar
ding dão ding dão dão…
Friday, December 12, 2008
Nostalgia da alma
Thursday, December 11, 2008
Harmonia interna
Wednesday, December 10, 2008
O deleite da água
Monday, December 8, 2008
Cedências
MORAL DA HISTÓRIA: Inspirei-me neste facto, que recebi por e-mail, que por sua vez terá sido contado por uma empresária, no Brasil, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Aparentemente, ela terá usado este incidente do dia a dia, para ilustrar quanta energia nós gastamos, apenas para demonstrar que temos razão, independentemente de a termos ou não. Desde que ouvi este episódio, tenho-me questionado com mais frequência: «Quero ser feliz ou ter razão?»
Sunday, December 7, 2008
Ampliar visões
Friday, December 5, 2008
Céu de palavras
Era irreverente, poeta e letrista. O seu universo era de esquerda, e com a determinação de protestar, trouxe-nos na época de 70, uma visão anticonvencional da realidade. A palavra sarcasmo é uma rosa rubra/A palavra silêncio é uma rosa chá/Não há céu de palavras que a cidade não cubra/não há rua de sons que a palavra não corra/à procura da sombra de uma luz que não há. Com Nuno Nazareth Fernandes, Fernando Tordo e Paulo de Carvalho realizou parcerias famosas para canções não menos populares na boca de toda a gente, como os temas «Desfolhada» e «Tourada», vencedores dos concursos da canção da RTP. Em 1971, foi atribuído a «Meu Amor, Meu Amor», também da sua autoria, o grande prémio da Canção Discográfica. Meu amor meu amor/meu nó e sofrimento/minha mó de ternura/minha nau de tormento. Este mar não tem cura este céu não tem ar/nós parámos o vento não sabemos nadar/e morremos morremos/devagar devagar. O seu nome foi dado a um largo do Bairro de Alfama, descerrando-se uma lápide evocativa na casa da Rua da Saudade, onde viveu praticamente toda a sua vida. Deixou cerca de 600 textos destinados a canções, e inúmeros poemas que ainda nos dias que correm encontram um longo eco. Pela voz de Afonso Dias, animada de sentimentos humanos, aos quais já nos habituou, mergulhámos no íntimo de Ary dos Santos (1937 – 1984) num caloroso serão, de uma noite fria, na biblioteca municipal. Por mim ainda me sinto a cantarolar: - Parecem bandos de pardais à solta/Os putos, os putos/São como índios, capitães da malta/Os putos, os putos…
Wednesday, December 3, 2008
A janela da Rosinha
Monday, December 1, 2008
Estilo de interpretação
- Quentinhas!
Com a sua voz quente de trovão, que o repita ainda, que sorria e pareça que fala sozinha.
Saturday, November 29, 2008
À saúde
Gonçalo M. Tavares
Friday, November 28, 2008
Pequenos grandes luxos
Thursday, November 27, 2008
Colinas de Outono
Tuesday, November 25, 2008
Monday, November 24, 2008
A origem dos males
Saturday, November 22, 2008
No teu ombro
Friday, November 21, 2008
Thursday, November 20, 2008
Viradas para o rio
Wednesday, November 19, 2008
Dúvidas
O que mais o inebria:
Se o cheiro e a música do Mar,
Se o cheiro e o silêncio da Terra.
David Mourão-Ferreira
Tuesday, November 18, 2008
Blindness
Não se orientavam, caminhavam rente aos prédios com os braços estendidos para a frente, continuamente esbarravam uns nos outros como as formigas que vão no carreiro, mas quando tal sucedia não se ouviam protestos, nem precisavam falar, uma das famílias despegava-se da parede, avançava ao comprido da que vinha em direcção contrária, e assim seguiam e continuavam até ao próximo encontro… Cegos que, vendo, não vêem.
José Saramago
Monday, November 17, 2008
Adversidades
Saturday, November 15, 2008
Um laivo de sol
Nas tertúlias da Zizi lançam-se alicerces, e reabilita-se todo um espaço estático, que a intriga palaciana, e a influência e o poder (do nada!?), assombram no seu dia a dia. Com o seu novo figurino, de uma forma eficaz e espontânea, ela simplesmente se superioriza, permitindo-nos ir muito mais além do que seria habitual.
Tu e eu meu amor
Meu amor eu e tu
Que o amor meu amor
É o nu contra nu.
Manuel da Fonseca
Friday, November 14, 2008
O palácio perdido
Há tempos que estava para lá ir, e aproveitando a visita dum casal estrangeiro amigo, pensei que seria uma óptima oportunidade para não adiar um antigo desejo. Assim, na véspera de lá nos deslocarmos, propus-me estudar a lição, imaginando antecipadamente o brilharete que iria fazer no dia seguinte. Da minha pesquisa fiquei a saber que apenas distava de Faro 10 km, e que o palácio de fins do sec. XVIII, em estilo rococó, teria em tempos pertencido ao Visconde de Estói, numa área de cerca de 4 hectares. Exigente comigo própria, e não me satisfazendo somente com uma breve consulta, recorri ainda à Elisa, conhecedora da sua região como ninguém, que me terá aconselhado nos últimos pormenores. Afinal nada poderia falhar. Porém, logo à entrada demos de caras com um cartaz que nos impedia a entrada, informando que ao contrário do previsto as obras prolongar-se-iam até final de Agosto!? Isto nada teria de caricato, se não se tivesse passado a meio do passado mês de Outubro!
Aliás não estávamos a contar visitar o palácio, que de antemão sabíamos encontrar-se em obras de recuperação. Dos espelhos e estuques marmoreados do seu interior, a lembrar Versalhes, teríamos já prescindido vislumbrar, mas dos exuberantes jardins com plantas exóticas seculares, e aparentemente de um monumental cipreste já lamentamos, assim como dos vários lagos, estátuas importadas de Itália de valor incalculável, e dos azulejos azuis e brancos, pelos quais pessoalmente sou absolutamente apaixonada.
No entanto estou em crer, que uma vez terminado o restauro, por parte da unidade hoteleira privada que o adquiriu, dificilmente o público voltará a ter acesso a este complexo arquitectónico, único nesta zona do país. Mesmo assim, com alguma dificuldade, consegui captar uma pequena amostra de fotos, que me ficará na memória, e permanecerá para a posteridade. De regresso a casa valeu-nos um arroz de peixe, macio, enriquecido de camarões, servido muito quente e polvilhado de coentros, a lembrar o último risotto que apreciei em Roma - qual experiência gustativa, acompanhado de um bom vinho alentejano, claro está!
Thursday, November 13, 2008
Lacuna
Só na água dos rios e dos lagos ele podia fitar seu rosto. E a postura, mesmo, que tinha de tomar, era simbólica. Tinha de se curvar, de se baixar para cometer a ignomínia de se ver.
O criador do espelho envenenou a alma humana.
Tuesday, November 11, 2008
Monday, November 10, 2008
Terra à vista
Que tem muito que contar!
Ouvide agora, senhores,
Uma história de pasmar.
Passava mais de ano e dia
Que iam na volta do mar,
Já não tinham que comer,
Já não tinham que manjar.
Deitaram sola de molho
Para o outro dia jantar;
Mas a sola era tão rija,
Que a não puderam tragar.
Deitaram sortes à ventura
Qual se havia de matar;
Logo foi cair a sorte
No capitão general.
- "Sobe, sobe, marujinho,
Àquele mastro real,
Vê se vês terras de Espanha,
As praias de Portugal!"
- "Não vejo terras de Espanha,
Nem praias de Portugal;
Vejo sete espadas nuas
Que estão para te matar."
- "Acima, acima, gageiro,
Acima ao tope real!
Olha se enxergas Espanha,
Areias de Portugal!"
- "Alvíssaras, capitão,
Meu capitão general!
Já vejo terras de Espanha,
Areias de Portugal!
Mais enxergo três meninas,
Debaixo de um laranjal:
Uma sentada a coser,
Outra na roca a fiar,
A mais formosa de todas
Está no meio a chorar."
- "Todas três são minhas filhas,
Oh! quem mas dera abraçar!
A mais formosa de todas
Contigo a hei-de casar."
- "A vossa filha não quero,
Que vos custou a criar."
- "Dar-te-ei tanto dinheiro
Que o não possas contar."
- "Não quero o vosso dinheiro
Pois vos custou a ganhar."
- "Dou-te o meu cavalo branco,
Que nunca houve outro igual."
- "Guardai o vosso cavalo,
Que vos custou a ensinar."
- "Dar-te-ei a Nau Catrineta,
Para nela navegar."
- "Não quero a Nau Catrineta,
Que a não sei governar."
- "Que queres tu, meu gageiro,
Que alvíssaras te hei-de dar?"
- "Capitão, quero a tua alma,
Para comigo a levar!"
- "Renego de ti, demónio,
Que me estavas a tentar!
A minha alma é só de Deus;
O corpo dou eu ao mar."
Tomou-o um anjo nos braços,
Não no deixou afogar.
Deu um estouro o demónio,
Acalmaram vento e mar;
E à noite a Nau Catrineta
Friday, November 7, 2008
Em voz alta
Sem mais caber nos livros, eis que a sua poesia cristalina, exacta, e precisa, como se de geometria se tratasse, transborda pela voz de Afonso Dias – o anfitrião da noite, que guia toda uma plateia repleta de jovens, e menos jovens, na trajectória de toda uma existência.
Sophia de Mello Breyner Andresen encontra a essência da vida nas coisas mais pequenas, e sensível à realidade, empenha-se no combate desigual com feroz sarcasmo, projectando todo o seu sentido nos outros. O contacto real com a Grécia e o mar, que ela própria representa, constituem a compreensão da sua inspiração, que em voz alta evocámos apaixonadamente, num serão poético na Biblioteca Municipal.
Quando eu morrer voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto do mar.
Inscrição de Sophia de Mello Breyner Andresen
Thursday, November 6, 2008
Talvez
Wednesday, November 5, 2008
A dimensão do olhar
Há ondas de mar aberto desenhadas nas tuas calçadas: há âncoras, há sereias. (…)
Em frente é o rio que corre para os meridianos do paraíso. O tal Tejo de que falam os cronistas enlouquecidos, povoando-os de tritões a cavalo de golfinhos.
José Cardoso Pires
Tuesday, November 4, 2008
A lógica dele
emocionada e disse que eu era um cavalheiro.
… E todos os dias fui tomando gosto pelas aulas e me aplicando cada vez mais.
Nunca viera uma queixa contra mim de lá.
… A escola. A flor. A flor. A escola…
Tudo ia muito bem quando Godofredo entrou na minha aula. Pediu licença e foi falar com D. Cecília Paim. Só sei que ele apontou a flor no copo. Depois saiu. Ela olhou para mim com tristeza. Quando terminou a aula, me chamou.
- Quero falar uma coisa com você, Zezé. Espere um pouco.
Ficou arrumando a bolsa que não acabava mais. Se via que não estava com vontade nenhuma de me falar e procurava coragem entre as coisas. Afinal se decidiu.
- Godofredo me contou uma coisa muito feia de você, Zezé. É verdade?
Balancei a cabeça, afirmativamente.
- Da flor? É, sim senhora.
- Como é que você faz? - Levanto mais cedo e passo no jardim da casa do Serginho. Quando o portão está só encostado, eu entro depressa e roubo uma flor. Mas lá tem tanta que nem faz falta.
- Sim, mas isso não é direito. Você não deve fazer mais isso. Isso não é um roubo, mas já é um “furtinho”.
- Não é não, D. Cecília. O mundo não é de Deus? Tudo que tem no mundo não é de Deus? Então as flores são de Deus também…
Ela ficou espantada com a minha lógica.
- Só assim que eu podia, professora. Lá em casa não tem jardim. Flor custa dinheiro…
E eu não queria que a mesa da senhora ficasse sempre de copo vazio.
José Mauro de Vasconcelos
Sunday, November 2, 2008
Em contramão
Manuel Jorge Marmelo
Friday, October 31, 2008
Feitiços nocturnos
Thursday, October 30, 2008
Virar a página
Wednesday, October 29, 2008
Fazes-me falta
Construí com loucura uma grande casa branca
E ao longo das paredes te chorei
In the name of your absence
I built with madness a large white house
And wept all along its walls for you
Translated by Richard Zenith
Monday, October 27, 2008
A magia das palavras
Não contei, mas ao todo deviam andar à volta duns 40, a rondar os 10, ou 11 anos de idade. Sensível à sonoridade das palavras, sorvia-as de cada uma daquelas crianças, uma a uma até final. Os primeiros a apresentar-se foram o Fábio e a Francesca, que leram parte de um conto por eles escrito o ano passado. Seguiram-se-lhes o Gonçalo, a Laura, o Tomás e tantos outros. Num momento em que por vezes, a língua tende a descaracterizar-se, de uma forma ordenada e exemplar, cada um através de pequenos textos ou poemas, veio dar corpo à própria imaginação, num exercício criativo absolutamente de louvar. No dia escolar das bibliotecas, estão de parabéns o professor Joaquim Veiga, e as professoras de Língua Portuguesa Marta Cirne e Isabel Pina, da Escola Dr. Francisco Cabrita, que contribuíram para o êxito desta iniciativa, da qual adorei participar. Termino com o registo do pequeno Raphael, que não deixou ninguém indiferente:
Vejo uma sombra que trespassa nos meus olhos e ao passar
sinto dor e mágoa dentro de mim.
Essa dor lembra-me o sofrimento
a mágoa faz-me lembrar quando
uma pessoa que gostamos muito desaparece.
Ao lembrar-me dessas coisas, vou
escrevendo palavra a palavra o
que sinto quando isso me acontece.
Mas, se um dia me lembrar de
outras coisas, possa ser que volte
a escrever, mas desta vez
a pensar nas coisas que me fazem
escrever com a minha sombra.
Sunday, October 26, 2008
O almoço
Saturday, October 25, 2008
Convicções
A de que estamos no mundo
Por empréstimo.
Mas não por acaso.
Thursday, October 23, 2008
O enigma
Tuesday, October 21, 2008
Directo de Fátima
A primeira vez que por lá passei, não tinha mais que uma meia dúzia de anos. Aliás, de vez em quando volto lá, e ontem não foi excepção. Há quem acredite, quem pense que tudo não passa de um mito, ou de uma invenção, ou até quem creia tratar-se de um daqueles fantásticos episódios com óvnis (!?), mas para mim o que realmente importa é a tranquilidade e energia que recolho de cada vez que a visito. Inserida num grupo maioritário irlandês, num só dia percorremos 780 km numa totalidade de 13 horas, apenas com breves paragens para esticar as pernas, e confortar o estômago. No regresso, de olhos semi-cerrados pelo cansaço e pelo exercício de interiorização, não pude deixar de pensar na metamorfose de Fátima, desde os finais da década de 50, quando a conheci, até aos dias de hoje, com a nova basílica a impressionar qualquer um! Se de repente lá me desvendassem os olhos, sem saber onde me encontrava, a primeira ideia que me viria à cabeça para identificar o lugar, seria de imediato as Nações Unidas, tal qual como a imagino em dimensão!? Depois veio-me à lembrança um comentário de um jovem brasileiro residente em Belfast, que me confidenciou ter-lhe agradado mais a pequena localidade onde os pastorinhos tinham vivido – simples, humilde, parada no tempo! Para mim essa é a inalterada imagem que me permanece no espírito, e aquela que o excessivo comércio, e a opulência não me induziram em erro, nem me desviaram da genuína mensagem de Fátima, que muitos nunca chegarão a entender ou alcançar.